O uso de vidros na arquitetura tende a acompanhar o aumento de produção da indústria recentemente. Esse cenário foi impulsionado principalmente pela inclusão da construção civil no rol de atividades essenciais durante a pandemia, além de outras medidas como a injeção de capital na sociedade e taxas de juros mais baixas. É importante lembrar que esse quadro é observado tanto em grandes edificações quanto reformas simples.
Essa é uma notícia bem recebida pelo segmento de arquitetura em vidro, considerando que um estudo denominado de Economia Brasileira 2021-2022, publicado pela CNI – Confederação Nacional da Indústria, mostrou que a produção das indústrias brasileiras no ano passado poderia apresentar desempenho negativo devido aos reflexos da pandemia – que trouxe escassez de insumos e, consequentemente, aumento dos preços.
Em contrapartida, após o ano de 2019 atípico, o segmento de arquitetura em vidro cresceu juntamente com o aumento da produção e faturamento da indústria de transformação do vidro nos anos de 2020 e 2021, segundo demonstra um estudo divulgado pela Panorama Abravidro, que anualmente traz dados atualizados das indústrias de base e transformação e números de produção do vidro no mercado brasileiro.
Aplicações do vidro na arquitetura
A aplicação de vidros na arquitetura é versátil, considerando a ampla oferta de tecnologias e tipos de vidros diferentes disponíveis no mercado. Dentro desse universo, é importante lembrar que somente com conhecimento profundo sobre os variados modelos de vidros possíveis de serem utilizados na construção civil e arquitetura (assim como as tecnologias a eles atribuídas) é possível extrair o melhor desempenho do material.
Com experiência é possível harmonizar os desejos dos clientes com o melhor tipo de vidro para um determinado local. Para isso, a arquitetura em vidro precisa considerar diversos fatores como:
– Funções que serão realizadas no ambiente
– Intensidade de luz desejada para o local
– Incidência de raios solares na edificação
– Necessidade de alívio acústico aos usuários
– Variações estéticas e harmonização decorativa
Com um estudo direcionado os profissionais podem determinar o melhor tipo de vidro, que teoricamente seria capaz de anular todas as desvantagens e evitar que questões relacionadas à funcionalidade, estética, conforto e segurança fiquem comprometidas. Fique atento, pois existem profissionais de arquitetura em vidro que nem sempre empregam os insumos de maneira adequada, o que pode comprometer uma estrutura envidraçada – ou uma edificação – de várias formas.
Considere, por exemplo, que a escolha errada do vidro – ou um projeto mal estudado, pode gerar diversos problemas aos usuários, pois esse cenário é capaz de causar desconforto térmico, falta de privacidade, pode permitir ampla entrada de ruídos no ambiente, etc. Da mesma forma, uma instalação inadequada pode comprometer a estrutura e oferecer problemas estéticos, de estanqueidade, funcionamento, proteção, etc.
Resumidamente falando, na arquitetura em vidro, a escolha errada dos vidros ou mão de obra sem experiência pode trazer gastos excessivos ou desnecessários para correção dos projetos, ou seja, é o famoso barato que sai caro. Quer um exemplo disso? O arranha-céu Walkie-Talkie, em Londres, que devido à má projeção e disposição dos vidros é capaz de fazer os raios solares refletir de maneira inadequada e causar danos como derretimento de carros e até pequenos incêndios devido à alta concentração de calor.
Normas da ABNT
Outro fator digno de destaque no universo da arquitetura em vidros consiste no respeito às diretrizes e normas da ABNT. Sempre exija que a empresa contratada mantenha todo o projeto dentro das normas regulamentadoras, pois dessa forma existirá uma padronização de procedimentos e a certeza da correta instalação, funcionamento adequado, qualidade, estética, durabilidade e, principalmente, segurança.